No caminhar da vida, vivemos numa espera sem fim.
Esperamos o tempo passar, a vida andar adiante, mesmo veloz e inconstante.
Esperamos o trem das onze chegar no horário.
Esperamos aquele abraço que não foi dado mas quase, em um fio de luz, quase aconteceu.
Esperamos que alguém nos estenda a mão forte, calejada, amiga, nova, lisinha, frágil... mas estida para nós.
Esperamos que algo aconteca, seja inesperado, vigiado ou em um susto relâmpado de sensatêz, apesar que um pouco de insensatêz talvez não venha venha fazer mal.
Esperamos o canto do colibri. Mas ainda existe o colibri?
Esperamos o sol, a chuva, a núvem, alguém na esquina para nos chamar de volta.
Esperamos o aluno que não se cansa de estudar.
Esperamos a moça na janela, com o ar angelical, envolvente e cativante para entrelaçar sentimentos aos corações dos moços que passam.
Esperamos alguma coisa, seja boa ou ruim, seja agora ou daqui a pouco, mas vivemos numa esperama incansável do novo, do passado e, do amanhã.
Esperamos...
Autor: André Ribeiro
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