quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA




A Biblioteca de Alexandria foi durante muitos séculos, mais ou menos de 280 a.C. a 416, uma das maiores e mais importantes bibliotecas do Planeta. Este valoroso centro do conhecimento estava localizado na cidade de Alexandria, ao norte do Egito, a oeste do Rio Nilo, bem nas margens do Mediterrâneo.



Afirma-se que ela foi criada em princípios do século III a.C., em plena vigência do reinado de Ptolomeu II do Egito, logo depois de seu genitor ter se tornado famoso pela construção do Museum – o Templo das Musas -, junto ao qual se localizava a Biblioteca. Sua estruturação, a princípio, é geralmente creditada ao filósofo Demétrio de Falero, então exilado nesta região; muitos afirmam ser dele a concepção deste espaço cultural, depois de convencer o rei a transformar Alexandria em concorrente da glória cultural de Atenas.


Livros


Durante sete séculos esta Biblioteca abrigou o maior patrimônio cultural e científico de toda a Antiguidade. Ela não apenas continha um imenso acervo de papiros e livros, mas também incentivava o espírito investigativo de cientistas e literatos, transmitindo à Humanidade uma herança cultural incalculável. Ao que tudo indica, ela conservou em sua estrutura interna mais de 400.000 rolos de papiro, mas esta cifra pode, em alguns momentos, ter atingido o patamar de um milhão de obras. Sua devastação foi realizada gradualmente, até ela ser definitivamente consumida pelo fogo em um incêndio de origem acidental, atribuído aos árabes durante toda a era medieval.



Apenas um em cada dez clássicos sobreviveu e durantes mil anos nada que chegasse perto de sua importância surgiu na humanidade. Imagino em que nível de evolução estaríamos se ela tivesse sido devidamente preservada



Há várias histórias sobre prováveis incêndios anteriores ao que destruiu completamente a Biblioteca de Alexandria. Uma delas narra que Júlio César, passando por Alexandria ao perseguir seu rival Pompeu, membro do Triunvirato integrado também por César e Crasso, não só foi presenteado com a cabeça de seu inimigo, mas também com o amor de Cleópatra, irmã de Ptolomeu XII. Envolvido pela paixão, ele se apossa do trono por meio da força, entrega-o à Rainha e aniquila todos os tutores do antigo rei, com exceção de um, que foge das garras de César. Determinado a não deixar sobreviventes, ele manda incendiar todos os navios, incluindo os seus, para que ele não pudesse escapar pelo mar. O fogo teria se ampliado e atingido uma fração da Biblioteca.





Esta ancestral Biblioteca tinha a missão de conservar e disseminar valores da cultura de Alexandria. Muitas das obras que circulavam em Atenas foram para lá envidas; em seu âmbito ela abrigava matemáticos como Euclides de Alexandria, além de famosos intelectuais e filósofos, célebres nomes do passado. Lá também foram elaboradas significativas obras sobre geometria, trigonometria e astronomia, e igualmente sobre idiomas, literatura e medicina. Nesta mesma instituição eram produzidos e comercializados papiros.


Afirma-se que os 72 sábios judeus que verteram as Sagradas Escrituras Hebraicas para o grego, produzindo assim a renomada Septuaginta, reuniram-se justamente na Biblioteca de Alexandria para realizar este intento. A própria Cleópatra era apaixonada por este espaço, sempre à procura de novas histórias, sozinha ou acompanhada por César, outro amante da cultura. Este centro irradiador foi, com certeza, o mais importante ponto de referência cultural e científico da Antiguidade.


Foi edificada recentemente uma nova Biblioteca, inaugurada em 2003 nos arredores da sua antecessora. Ela também tem a ambição de se tornar um dos maiores e mais importantes pólos culturais dos nossos tempos. Sua ala principal, batizada como Bibliotheca Alexandrina, soma-se a outros quatro conjuntos especializados, laboratórios, um planetário, um museu científico e outro caligráfico, além de uma sala para congressos e exposições.




Biblioteca de Alexandria atualmente



Fontes
www.infoescola.com
www.livroseafins.com
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ODONTOLOGIA - DENTES BRANCOS E SEM DOR

Clareamento Dental - caso clínico 1



Com algumas precauções é possível realizar o clareamento dental com segurança e minimizar a sensibilidade

Uma queixa muito freqüente dos pacientes submetidos ao clareamento dental é a sensibilidade. Hoje existem várias técnicas disponíveis, com resultados excelentes, porém a questão sensibilidade continua sendo um problema para algumas pessoas.

 
De acordo com o professor da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas, José Mandia Jr. , para que o desconforto seja mínimo ou inexistente, o clareamento deve ser feito de forma lenta, observando-se a reação que causa no paciente, tanto no que diz respeito à eficácia, como ao grau de sensibilidade.

 
“Pode-se também utilizar logo após o clareamento soluções desensibilizantes à base de fluoreto de sódio e nitrato de potássio”, diz o especialista, que explica que a intenção é chegar ao melhor resultado minimizando o desconforto e com segurança.

 
O processo de clareamento

 
O clareamento na verdade é uma reação química. As substâncias vão liberar oxigênio, que é um radical livre. Dentro do dente existem os pigmentos que levaram ao escurecimento dental. O oxigênio penetra no dente e quebra a cadeia de pigmentos em pequenas moléculas que são eliminadas por processo de difusão, isto é, uma reação química de oxidação que converte os pigmentos em dióxido de carbono e água.

 
O dente é permeável e o efeito é cumulativo, portanto a cada seção o dente vai clareando cada vez mais até eliminar toda pigmentação.

 
Tanto para o dente ficar protegido quanto em relação à sensibilidade é importante realizar o clareamento lentamente.

 
No clareamento doméstico o paciente irá utilizar uma moldeira, na qual colocará o gel clareador, de peróxido de carbamida, em concentração que varia de 10 a 20 por cento.

 
Deve-se utilizar a moldeira com o gel pelo período de uma hora. De dia ou de noite, durante duas semanas em média.

 
No clareamento em consultório será utilizado um gel de peróxido de hidrogênio em alta concentração, ou seja, 35 por cento podendo-se associá-lo ou não ao uso do laser.


 
Dr. José Mandia Jr. é cirurgião-dentista, especializado em Prótese Dental, Dor e Disfunção Têmporo Mandibular, Estética Dental e Professor da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas.



Clareamento Dental - caso clínico 2

Fonte da imagem
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terça-feira, 22 de novembro de 2011

DIA DO MÚSICO

Dia 22 de novembro é o dia do Músico.


Adota-se o termo músico quando nos referimos a qualquer pessoa ligada diretamente à música, em caráter profissional ou amador, exercendo alguma função no campo de música, como a de tocar um instrumento musicalcantandoescrevendo arranjos, compondo, regendo, ou dirigindo um grupo coral ou algum grupo de músicos, como orquestrasbandasbig band de Jazz, ou ainda lecionando, trabalhando no campo de educação, em terapia musical. Um músico brasileiro pode ter ou não, uma carteira de alguma instituição que o reconheça, como a Ordem dos Músicos do Brasil Um músico também pode ou não ter a formação acadêmico-técnica (através de escolas de música, conservatórios, faculdades ou universidades). Quando ele não tem formação alguma, costuma-se dizer que é um músico popular, ou ainda que aquele músico produz música de ouvido.

  
Santa Cecília é uma santa, considerada pelos católicos a padroeira dos músicos
  


No início, a música era apenas rítmo marcado por primitivos com instrumentos de percussão, pois como os povos da antiguidade ignoravam os princípios da harmonia, só com o tempo foram acrescentando a ela fragmentos melódicos. Na pré-história o homem descobriu os sons do ambiente que o cercava e aprendeu suas diferentes sonoridades: o rumor das ondas quebrando na praia, o ruído da tempestade se aproximando, a melodia do canto animais, e também se encantou com o seu próprio canto, percebendo assim o instrumento musical que é a voz. Mas a música pré-histórica não é considerada como arte, e sim uma expansão impulsiva e instintiva do movimento sonoro, apenas um veículo expressivo de comunicação, sempre ligada às palavras, aos ritos e à dança. Os primeiros dados documentados sobre composições musicais referem-se a dois hinos gregos dedicados ao deus Apolo, gravados trezentos anos antes de Cristo nas paredes da Casa do Tesouro de Delfos, além de alguns trechos musicais também gregos, gravados em mármore, e mais outros tantos egípcios, anotados em papiros. Nessa época, a música dos gregos baseava-se em leis da acústica e já possuía um sistema de notações e regras de estética.
Por outro lado, a história de Santa Cecília, narrada no Breviarium Romanum, a apresenta como uma jovem de família nobre que viveu em Roma no século III, nos princípios do cristianismo, decidida a viver como monja desde a infância. Mas apesar dos pais a terem dado em casamento a um homem chamado Valeriano, a jovem convenceu o noivo a respeitar-lhe os votos e acabou convertendo-o à sua fé, passando os dois a participar diariamente da missa celebrada nas catacumbas da via Ápia. Em seguida, Valeriano fez o mesmo com o irmão Tibúrcio, e com Máximo, seu colega íntimo, e por isso os três foram martirizados pouco tempo depois, enquanto Cecília, prevendo o que lhe aconteceria, distribuiu aos pobres tudo o que possuía. Presa e condenada a morrer queimada, ela foi exposta ao fogodurante um dia e uma noite, mas como depois disso ainda se encontrava sem ferimentos, um carrasco recebeu ordem para decapitá-la. Mas, seu primeiro golpe também falhou. Isso aconteceu durante o ano 230, no reinado de Alexandre Severo, época em que Urbano Iocupava o papado. Anos depois uma igreja foi erigida pelo papa no local em que a jovem mártir residira, tornando-se a Igreja de Santa Cecília uma das mais notáveis de Roma

Muito embora o Breviarium Romanum não faça menção alguma às prendas musicais de Cecília, ela se tornou, por tradição, a padroeira dos músicos, da música e do canto, cuja data de comemoração é 22 de novembro, o mesmo dia dedicado à santa. A tradição conta que Santa Cecília cantava com tal doçura, que um anjo desceu do céu para ouvi-la.








PARABÉNS A TODOS OS MÚSICOS QUE FAZEM DO SOM UMA FORMA DE VIVER O QUE A VIDA TEM A NOS OFERECER.



Fontes
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sábado, 19 de novembro de 2011

É PRECISO IR MAIS LONGE APESAR DE PENSAR QUE NÃO SE PODE MAIS...

É preciso ir mais longe apesar de pensar que não se pode mais...



Existem certos momentos que nos dispomos a compreender o que as vezes julgamos irrelevante, mas na expectativa de que algo mudará, somos quase, na medida do possível, sustentado pela falta de interpretação.

Na vida aprendemos tudo e só morremos ignorantes se quisermos. Com as aventuras de sempre acreditar na certeza e na magia de cada amanhecer, que a o amanhã será melhor do que o ontem em muito mais que o hoje. Viver na esperança de que os anos irão apaziguar a revoltante revolução que nos debate, levando a cada ser, a sua mera e única explicação para concluir sua existência, para o aprofundar-se a cada vez mais no inconsciente do saber distinguir o bem do mal, o açúcar do sal.

O olhar, seja simples ou rancoroso, demonstra a pureza do momento, do sentimento que se brota e pede por socorro. Exala a harmoniosa fragrância  da espera, do consolo e da Paz. Até que ponto a felicidade nos rodeia? Será que se pode tê-la no perpetuar  constante? Onde estará a ilusão que a todo instante se mostra complacente aos nossos atos e coerente aos nossos sonhos? O homem se feri!

Sei que não é fácil admitir nossos erros, muito menos a ideia de que através de se humilhar, podemos surpreender, mas a grande verdade de tudo não esta na espreita de um desconsolo, de um canto-solidão e, muito menos no julgar a par do saber e sim, na convicção de que somos puramente seres que vivem de acertos e enganos, que com isso a cada passo lento, podemos engrandecer nossos ideais, valores e aprender o que tanto de conhecimento nos é fornecido, utilizando por meio  das desventuras da razão e que se faz intercruzar com a eloquência rítmica do sempre bater-pulsar, a esperança de a cada dia.

A esperança não se faz dormir, mas se expande com a mesma intensidade ao desejar sorrir. Ser feliz é conciliar os erros e acertos do dia-a-dia, somando a uma lição de vida.


André Ribeiro

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

DECLARAÇÃO DE AMOR À MINEIRA



Oi moça,


pára c´u isso! Faz isso cumigo, não... vai dar trauma n'eu... Eu fico oiando pro cê dum jeito assim meio estranho, pensando umas coisa e ocê me deixa inté meio tonto


cum essa indiferença, que nem sei se foi o padre


que falô procê fazer assim comigo.


Di quarqué manera, sô,


gosto muito desse seu jeitinho tímido de trocar prosa,


porque quando cê se arresorve a trocá prosa


conta uns causo bão...


Tem dó, vai; deixa eu si aproximá


pra móde perguntá seu nome.


Cê é tão bonita que lembra aquele céu lá de Três Pontas.






Teu olhar é mais estrelado


que aquelas noite de lá,


dá pra ver o Cruzeiro do Sul e a Via Láctea inteira,


e é por isso que às veiz eu sonho


e acho que ocê é mesmo um anjinhu,


daqueles que vai chegá voando,


me pegando as mãos de mansinho


pra móde levá eu pro céu.


Ai, sô...


Quando eu passo na carçada na outra banda da rua


e ocê não óia pr'eu, eu fico doido, sô!


Aparece aquele baita nuvão na minha cabeça


que parece que o mundo vai desabar


bem em cima do pobrezinho do meu coração.






Óia p'reu, vai, Faz assim cumigo, não! Tem dó, vai...


Cê sabe moça que eu amo ocê


e que esses seus zóinho


parece mais duas jabuticaba bem madurinnn..






Deixa de oiá pr'eu desse jeito meio sonso,


eu preciso d'ocê mais pertinho, mais aconchegada,


pra podê dizê umas coisa bem engraçadinha


nesses seus ouvidinho de veludo...


tão maciozinho que até parece pelinho de oveia...


Mais, moça... cê ocê tá pensando que eu vô fica aqui


aqui prantado esperando ocê se decidi,


pode tê certeza que eu tô muito tranquilo...






Vô lá pro pesquero pegá uma traíra pra fritá...


verdura tem de monte, já que lá em casa


sempre chove na minha horta...


Cê sabe que minero é discunfiado, mais é previdente.


Sabe não, sô?



Fonte:
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Obs.: Desconheço a autoria do poema, quem souber quem é o autor (a) me informe por favor para eu poder dar os devidos créditos. Obrigado.

André Ribeiro

CAMPANHA CARINHO DE VERDADE GANHA NOVOS PRÊMIOS

Campanha Carinho de Verdade


As ações inovadoras da campanha Carinho de Verdade, iniciativa do Conselho Nacional do SESI contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, têm conquistado o reconhecimento do mercado publicitário, a nível nacional e internacional. Além de ter sido premiada nos maiores festivais de publicidade do mundo – Cannes, Nova Iorque, Clio Awards e INFOCCOM 2011, a campanha venceu duas categorias do Prêmio Colunistas Brasília 2011. A entrega aconteceu na última sexta-feira (11/11).

 
O “maior abraço do mundo” foi o vencedor da categoria Ação Promocional. Por meio da utilização da técnica mapping, a estátua do Cristo Redentor fechou os braços, numa alusão ao gesto-símbolo da campanha. A projeção, exibida em outubro de 2010, teve criação conjunta das agências Monumenta e Agnelo Pacheco. O vídeo do abraço do Cristo já teve milhões de acessos na internet.

 
O case “50 mil tweets”, da agência Digital Group, também foi premiado. A ação realizada em maio deste ano nas redes sociais, em prol do Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, foi vencedora da categoria Peça Publicitária Viral. A idéia foi reunir, em um mês, 50 mil publicações (tweets) de usuários do Twitter em defesa dos jovens vítimas de abuso e exploração sexual. Mas, superando as expectativas, a meta foi atingida em apenas duas semanas. No prazo estimado, foi alcançado o dobro de tweets previstos: mais de 100 mil.

 
A campanha Carinho de Verdade conta com o apoio de artistas, atletas, entidades públicas e privadas. No total, mais de 120 mil pessoas já abraçaram a campanha. A última ação do Carinho de Verdade foi a gravação de um videoclipe com a participação de 22 artistas da música brasileira. O vídeo está disponível no Youtube e já conta com mais de 100 mil acessos.



Fonte: Assessoria de Comunicação do Conselho Nacional do SESI



WWW.CARINHODEVERDADE.ORG.BR

terça-feira, 8 de novembro de 2011

CAMPANHA NACIONAL CONTRA O CÂNCER DE BOCA




Atualmente, este é o quinto tipo mais comum de câncer entre os homens. De acordo com o INCA Instituto Nacional do Câncer, os dados de 2010 revelam 14.120 novos casos, dos quais 10.330 são homens e 3.790 mulheres. Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce são ações simples que podem evitar essas situações drásticas.










ABRACE ESSA CAUSA, EU ABRACEI!




Fonte
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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

VISTA CANSADA

                                                 
Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa idéia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.

 
Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.

 
Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.

 
Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima idéia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

 
Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.


Otto Lara Resende


Texto publicado no jornal “Folha de S. Paulo”, edição de 23 de fevereiro de 1992.



domingo, 6 de novembro de 2011

ISSO NÃO TEM GRAÇA!

Circo legal é Circo sem animal!



Sou totalmente contra a violência contra os animais, devemos cuidar, denunciar os maus tratos e lutar sempre em favor da vida, da vida com toda a sua plenitude.

NÃO ME ABANDONE JAMAIS

Minha sugestão de filme para hoje.

Não Me Abandone Jamais"

Por mais que tentem explicar a nossa existência neste mundo, acredito que nunca entenderemos ao certo. O que todos sabem é que a vida é apenas uma passagem. O escritor japonês Kazuo Ishiguro escreveu em sua obra que inspirou “Não Me Abandone Jamais” uma história que dá motivo para a existência de jovens que estão no mundo a favor de uma ciência retrógrada, que prega a aniquilação de uns em benefício de outros.
Em uma dessas escolas, os amigos Kathy (Carey Mulligan), Tommy (Andrew Garfield) e Ruth (Keira Knightley) são apenas algumas dessas crianças que vivem enclausuradas e longe da realidade, em um regime educacional rigoroso que as prepara para um futuro amargo.  A ficção científica é inserida aqui com muita sutileza. O que importa aqui é ver como aquelas pessoas solitárias crescem esperando por um destino que não pode ser mudado.
O roteiro de Alex Garland cria um universo quase fantasioso para seus personagens. Quando a professora Lucy (Sally Hawkins) é demitida após conversar sobre o futuro das crianças em uma de suas aulas, fica claro que não há outra escolha. O motivo disso tudo não é explorado pelo roteiro, o que é bastante positivo por não procurar justificativas exageradas para isso tudo, ainda que gere um problema ingrato pois os personagens não questionem e apenas aceitem o seu destino. Nesse sentido, a vida do trio segue por caminhos dramáticos, sempre com a certeza de que eles são meros objetos de fetiche médico. Falando assim, até parece que o roteiro os toma dessa forma mais visceral, mas Garland acerta ao humanizar todos os personagens, sem criar vilões abomináveis ou levantar bandeiras sociais.
Com essa trama rica de tristeza, o cineasta Mark Romanek, do ótimo “Retratos de uma Obsessão” e documentarista de estrelas da música internacional, constrói com eficiência o universo dos personagens por meio de uma direção delicada, quase sempre depressiva por sua fotografia desgastada e trilha sonora melodramática, sem a intenção inicial de fazer o público chorar. O cineasta traz também em seus planos mais abertos a sensação de que o trio vive uma certa plenitude, um certo carpe diem, ao mesmo tempo que parecem perdidos em um mundo que não é deles. Romanek também valoriza os olhares e as dúvidas, sabendo tirar de seus atores diferentes perspectivas sobre seus destinos.
A protagonista Kathy parece ter sonhos (veja quando ela admira rapidamente em uma lanchonete um casal de velhinhos), mas talvez seja a que mais compreende ou aceita a missão. Carey Mulligan, cada vez mais bela e excelente em seus papéis, sustenta o filme praticamente sozinha. Andrew Garfield, que interpreta Tommy, o menino bobo que tem a esperança de que tudo possa mudar um dia, reitera seu talento dramático, sem nunca perder o carisma. Já a personagem de Keira Knightley é arrogante, que teme a solidão e compreende, mas não aceita, o seu destino. Com perspectivas tão diferentes, Romanek nos traz atuações memoráveis e que engrandecem a trama.
O elenco secundário também merece atenção. A maravilhosa Charlotte Rampling interpreta a Srta. Emily, a autoridade máxima para aquelas crianças que desconhecem o mundo real. Vale citar ainda a participação rápida de Sally Hawkins, sempre fantástica, em uma pequena, porém importantíssima participação. Já as crianças Izzy Meikle-Small e Ella Purnell, além das semelhanças com Mulligan e Knightley, sustentam o primeiro ato com muita competência.
Ainda que o roteiro insira próximo ao clímax a necessidade de resolver o triângulo amoroso e desgaste um pouco da trama que até então se mantinha irretocável, “Não Me Abadone Jamais” é um filme que fala principalmente sobre a solidão e sobre a incapacidade de mudar algumas coisas da vida. Esta é uma bela película que injustamente foi desconsiderada nas premiações, mas que deixa sua contribuição entre as grandes histórias que o cinema pôde retratar nos últimos anos. Vale a pena se emocionar!

Diego Benevides é editor geral, crítico e colunista do CCR. Jornalista graduado pela Universidade de Fortaleza (Unifor)

Trailler

Fontes
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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

AMOR ENTRE UM CASAL

O Amor está perdido
O Amor esta pedindo
Por onde andará esse amor
Porque acabar este amor?
A voz silência e Cala
Abra teu peito e libera
com vontade de falar
Mostra-te com resplendor


O peito ardendo reclama
Como um piloto de ponta
Questionando o que o Amor fará
Que deles é o melhor
Saberei eu dizer
O amor quer se mostrar
Sei, sim; O medo fará esquecer
Se derreter em suor
Que um dia amei você
Oh! Amor... Ah! Amor...


Não sei se consigo suportar
O amor não se perde
A dor da perda de um amor
O amor é intenso
Mas longe estará a súplica
Quer ser visto como ele é
dessa tamanha dor.
Com seu tamanho imenso


Agora acordo mais descansada
Lembra daquele piloto?
Sentada, sem ter medo de falar
Maior do que qualquer outro.
Escute o meu desabafo
Assim como no amor,
Pois o meu peito nao quer mais chorar
Na corrida só sente dor.


A traição sem dor nem culpa
Por jamais alcançar seu ápice
Me faz ver a pura indignação
Na demonstração de amor,
pois jamais coloquei o seu nome 
Pois mesmo liderando a corrida
esquecido no portão
Na volta final ele quebra o motor!


Agora lhe pergunto, 
Agora eu lhe respondo,
Você me trata como prioridade
Que essa corrida não abandono
ou como opção? 
Pois mesmo sem o troféu,

Dela eu que sou dono!




Autores: André Ferreira Medeiros Ávila e Izaura Ligia Couto de Medeiros Ávila


A coluna da esqueda é fala da esposa e a coluna da direita é a resposta do esposo.