sexta-feira, 9 de abril de 2010

Odontologia: Prevenção em Saúde Bucal na Melhor Idade.



Idosos: Prevenção na Saúde Bucal



Uma doença que ocorre com frequência com idosos é a doença periodontal. Ela acomete os tecidos em torno dos dentes e quase sempre é indolor. E devido a isto, quando percebe-se que tem a doença periodontal, já ocorreu uma boa perda óssea nos dentes afetados. Ela tem como agente causador a placa bacteriana que se acumula sobre as superfícies do esmalte dentário e no sulco gengival (fica na margem gengival entre a parte branca do dente e o tecido gengival) e isto vai formar o tártaro com o passar dos meses.


A prevenção da doença periodontal, assim como a cárie dentária, é conseguida através da remoção eficiente da placa bacteriana a cada refeição. Para prevenir estas doenças é fundamental uma higiene bucal bem executada, através do uso de dispositivos como escova, fio dental, escova interdental, pastas dentais fluoretadas, soluções para bochecho com flúor (enxaguátorios bucais) e limpadores de língua.


Em relação ao tipo de escova, esta deve ser individualizada, mas recomenda-se escova de textura macia, com "cerdas planas".


A escovação requer o emprego de técnicas adequadas, e no caso dos idosos que possuem boa coordenação motora, a seguinte técnica é uma das mais recomendadas:


A - Começar limpando as superfícies internas dos dentes inferiores (que ficam embaixo no fundo da boca do lado e na frente da língua), sendo que a escovação deve ser realizada segurando a escovação verticalmente em um ângulo de 45 graus em direção a linha gengival e usar movimentos rítmicos suaves para cima e para baixo com a ponto da cabeça da escova;


B - Depois limpar as superfícies externas dos dentes inferiores, que ficam localizadas embaixo ao lado das bochechas e atrás dolábio inferior da boca. Usar movimentos rítmicos suaves e curtos, movendo a escova para trás e para frente contra os dentes e a gengiva;


C - Após isto, limpara as superfícies internas dos dentes superiores, que ficam em cima no fundo da boca e nas superfícies internas dos dentes da frente e depois as superfícies externas dos dentes superiores, que ficam no fundo da boca ao lado das bochechas e atrás do lábio superior da boca. Durante toda a escovação nunca se esqauecer da margem gengival e os dentes porteriores, que são os mais difíceis de alcançar e para as áreas situadas ao redor de restaurações e coroas;


D - Depois de limpar todas as superfícies internas e externas dos dentes, deve-se limpara as superfícies de mastigação tanto em cima com em baixo das arcadas dentárias, concentrando-se na limpeza de cada setor da boca.



Nas regiões entre os dentes é importante também a utilização do fio dental ou da escova interdental, pois removem a placa bacteriana e alimentos que ficam nestas regiões e abaixo das gengivas. Para idosos que tem boa coordenação motora, deve-se utilizar o fio dental da seguinte forma:


I - Enrolar aproximadamente 50 cm de fio dental nos dedos médiox, segurando-o com o polegar e o indicador;

II - Passar o fio dental esticado entre os dentes, nos sentidos horizontal e vertical alternadamente;
III - Penetrar um pouco o fio na gengiva e deslizar em movimentos suaves e leves.


O fio dental deve ser utilizado após as refeições. Mas é importante ressaltar que no caso específico dos idosos, a escova interdental é muito eficiente e mais fácil de usar do que o fio dental e, portanto, é mais recomendada.

Deve-se escovar a também a língua, pois é um local onde muitas bactérias ficam alojadas e costumam ficar restos de alimentos, e que proporcionará um hálito agradável. Neste caso, o limpador de plástico de língua, uma vez por dia, é extremamente importante para os idosos em geral. E quanto mais os idosos forem dependentes de pessoas cuidadoras para a realização da higienização, mais importante é o uso do limpador de plástico.
Os enxaguatórios bucais contêm substâncias químicas que atuam nas bactérias presentes na cavidade bucal, sendo utilizados para controle e na redução da formação da placa bacteriana. Os idosos só devem utilizá-los de acordo com a prescrição e orientação feitas pelo cirurgião dentista, e que deve orientar quanto à forma e tempo de uso no seu caso em particular. Os enxaguatórios bucais realizam função importante para idosos com problemas motores, no caso daqueles com Mal de Parkinson e doença de Alzheimer, e então não conseguem fazer uma escovação adequada, sendo aí usados aqueles à base de Gluconato de Clorhexidina após cada limpeza dos dentes.

Vale lembrar que o uso contínuo dos enxaquatórios é contra-indicado para idosos que não sejam capazes de utilizar o medicamento sem acompanhamento (cuidador), pois existe o perigo de deglutição. Mas é importante enfatizar que o uso dos enxaquatórios bucais deve ser racional, ou seja, indicado somente nos casos recomendados pelo cirurgião dentista.





Trabalho realizado por:

Marco Tulio Pettinato Pereira
Cirurgião dentista com especialização em Saúde da Família (UCAM), Saúde Coletiva (SL Mandic) e Saúde Pública (UNAERP)


Fernando Luiz Brunetti Montenegro
Mestre e Doutor FOUSP, Prof. Adjunto na UnG, Coordenador Saúde Bucal CEDPES e Casa Ondina Lobo


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