ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
Stephen Hawking - um dos mais consagrados cientistas da atualidade
O
que é Esclerose lateral amiotrófica?
A esclerose lateral
amiotrófica, ou ELA, é uma doença das células nervosas do cérebro e da medula
espinhal que controlam o movimento voluntário dos músculos.
A ELA também é conhecida como doença de Lou Gehrig.
Sinônimos
ELA, Doença de Lou
Gehrig, Doença de Charcot.
Causas
Em cerca de 10% dos
casos, a ELA é causada por um defeito genético. Nos demais casos, a causa é
desconhecida.
Na ELA, as células
nervosas (neurônios) se desgastam ou morrem e já não conseguem mais mandar
mensagens aos músculos. Isso finalmente gera enfraquecimento dos músculos,
contrações involuntárias e incapacidade de mover os braços, as pernas e o
corpo. A doença piora lentamente. Quando os músculos do peito param de
trabalhar, fica muito difícil ou impossível respirar por conta própria.
A ELA afeta
aproximadamente 5 de cada 100.000 pessoas em todo o mundo.
Não existem fatores de
risco conhecidos, exceto ter um membro da família que tenha a forma hereditária
da doença.
Exames
O médico fará um histórico
do paciente, incluindo tópicos como força e resistência.
O exame físico de força
mostra fraqueza, muitas vezes começando em uma área. Pode haver tremores,
espasmos e contrações musculares, ou perda de tecido muscular (atrofia).
Atrofia e contrações involuntárias da língua são comuns.
A pessoa pode ter um
jeito de andar rígido ou desajeitado. Os reflexos são anormais. Há mais
reflexos nas articulações, mas pode haver perda do reflexo faríngeo. Alguns
pacientes têm problemas para controlar o choro ou o riso. Isso às vezes é
chamado de "incontinência emocional".
Possíveis testes
incluem:
Exames de sangue para
descartar outras doenças.
Teste respiratório para
verificar se os músculos do pulmão foram afetados.
Tomografia computadorizada
ou ressonância magnética da coluna cervical para garantir que não exista uma
doença ou lesão no pescoço, que pode ser semelhante à ELA.
Eletromiografia para
ver quais nervos não funcionam corretamente.
Teste genético, se
houver um histórico familiar de ELA.
Tomografia
computadorizada ou ressonância magnética da cabeça para excluir outras doenças.
Estudos de condução
nervosa.
Testes de deglutição.
Punção lombar.
Sintomas
de Esclerose lateral amiotrófica
Os sintomas geralmente
não se desenvolvem até depois dos 50 anos, mas podem começar em pessoas mais
novas. As pessoas com ELA têm uma perda gradual de força e coordenação muscular
que finalmente piora e impossibilita a realização de tarefas rotineiras como
subir escadas, levantar-se de uma cadeira ou engolir.
Os músculos da
respiração e da deglutição podem ser os primeiros a serem afetados. Conforme a
doença piora, mais grupos musculares podem manifestar problemas.
A ELA não afeta os
sentidos (visão, olfato, paladar, audição e tato). Ela raramente afeta o
funcionamento da bexiga ou dos intestinos, ou a capacidade de pensamento e
raciocínio de uma pessoa.
Os sintomas incluem:
Dificuldade para
respirar.
Engasgar com facilidade.
Babar.
Gagueira (disfemia).
Cabeça caída devido à
debilidade dos músculos do pescoço.
Cãibras musculares.
Contrações musculares
chamas fasciculações.
Normalmente afeta
primeiro uma parte do corpo, como o braço ou a mão.
Posteriormente resulta
na dificuldade de levantar objetos, subir escadas e caminhar.
Paralisia.
Problemas de dicção,
como um padrão de fala lento ou anormal (arrastando as palavras).
Alterações da voz,
rouquidão.
Perda de peso.
Buscando
ajuda médica
Ligue para seu médico
se:
Tiver sintomas de ELA,
principalmente se tiver um histórico familiar da doença.
Você ou alguém tiver
sido diagnosticado com ELA e os sintomas piorarem ou surgirem novos sintomas.
Maior dificuldade de
deglutição, dificuldade para respirar e episódios de apneia são sintomas que
requerem atendimento imediato.
Tratamento
de Esclerose lateral amiotrófica
Não há cura conhecida
para a ELA. O primeiro tratamento para a doença é com um medicamento chamado
riluzol. O riluzol reduz a velocidade de progressão da doença e prolonga a
vida.
Os tratamentos para
controlar os sintomas também são úteis:
O baclofeno ou o
diazepam também podem ser usados para controlar a espasticidade que interfere
nas atividades diárias.
O triexifenidil ou a
amitriptilina podem ser receitados para pessoas com dificuldade para engolir a
própria saliva.
Fisioterapia,
reabilitação, uso de órteses ou de uma cadeira de rodas ou outras medidas
ortopédicas podem ser necessárias para maximizar a função muscular e o estado
de saúde geral.
A asfixia é comum. Se
desejarem, os pacientes podem optar pela colocação de um tubo direto ao
estômago para a alimentação. Isso é chamado de gastrostomia.
A participação de um
nutricionista é muito importante. Os pacientes com ELA tendem a perder peso. A
própria doença aumenta a necessidade de ingestão de alimentos e calorias. Ao
mesmo tempo, os problemas de deglutição podem fazer com que seja difícil comer
o suficiente.
Os dispositivos
respiratórios incluem máquinas usadas somente durante a noite e ventilação
mecânica constante.
Os pacientes devem
manifestar suas próprias opiniões quanto ao uso de ventilação artificial para
suas famílias e os médicos.
Convivendo
(prognóstico)
Expectativas
Com o tempo, as pessoas
com ELA perdem progressivamente a capacidade funcional e de cuidar de si
mesmas. O óbito em geral ocorre dentro de 3 a 5 anos após o diagnóstico. Cerca
de 25% dos pacientes sobrevivem por mais de 5 anos depois do diagnóstico.
Complicações
possíveis
Aspiração de comida ou
líquido.
Perda da capacidade de
cuidar de si mesmo.
Insuficiência pulmonar.
Consulte: Síndrome do desconforto respiratório agudo.
Pneumonia
Escaras (úlceras de
pressão).
Perda de peso.
Prevenção
Pode ser recomendável o
aconselhamento genético se você tiver um histórico familiar de ELA.
Fontes
e referências
Feldman EL. Amyotrophic
lateral sclerosis and other motor neuron diseases. In: Goldman L, Ausiello D,
eds. Cecil Medicine. 23rd ed. Philadelphia, Pa: Saunders Elsevier; 2007:chap.
435.
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