domingo, 15 de agosto de 2010

Vinho e História




Vinho e História

A saga de uma das bebidas mais tradicionais do mundo envolve deuses gregos, a resistência francesa, soldados nazistas e até tratados internacionais entre poderosas nações. Confira


Durante os anos negros da ocupação nazista na França, muitos franceses fizeram de tudo para proteger as suas vidas e o seu país. Uns alistaram-se em exércitos estrangeiros, outros optaram pela clandestinidade da “resistência francesa”. Mas nem sempre a resistência dos franceses aos alemães significou empunhar armas. Durante boa parte da Segunda Guerra Mundial, diversos vinicultores elaboraram todo tipo de estratégia para a proteger aquilo que era o seu mais preciso bem e um dos maiores patrimônios da França: o vinho. Essa história de bravura e coragem rendeu episódios extremamente curiosos. Na região de Champagne, por exemplo, os produtores engarrafavam seus piores vinhos e colavam nas garrafas os melhores rótulos, enganando perfeitamente os soldados alemães durante a coleta da bebida. Outros, arriscavam-se a noite e furavam os barris de vinho antes deles partirem rumo a Berlim. Para os oficiais alemães no Reich era um mistério o fato de tantos barris chegarem totalmente vazios ao seu destino. Em outros casos, alguns barris, também vazios, continuavam a servir à França, mas desta vez, escondendo combatentes franceses. Isso, sem falar nas paredes falsas que se multiplicaram nas caves de todo a França para esconder os melhores vinhos dos nazistas. Por todo o país, muitos estiveram empenhados num tipo especial de resistência, uma militância que visava proteger aquilo que era o símbolo da economia francesa e uma das maiores paixões dos franceses. Mas essa é apenas uma das histórias que compõem a saga de uma das bebidas mais famosas da história dos homens.


O vinho é uma daquelas invenções que desafiam a contagem do tempo, desafio qualquer lógica da memória. Assim como outras invenções, como a roda, não é possível dizer com precisão quando um despretensioso cacho de uvas tornou-se um vinho. Mas o vinho está em toda a parte, desde onde se é possível ter relatos. E não se importa o tipo de relato. Na Bíblia, livro santo para os cristãos, o vinho é fartamente citado, símbolo da graça divina ao ser multiplicado por Jesus. Já na cultura grega, o vinho está associada a figura mítica de Dionísio, aos ciclos vitais, as festas. Um dos muitos significados do Festival de Dionísio em Atenas versa sobre um grande dilúvio provocado por Zeus (Jupter) e do qual apenas um casal teria sobrevivido. Seus filhos eram: Orestheus, que teria plantado a primeira vinha; Amphictyon, de quem Dionísio era amigo e ensinou sobre vinho; e Helena, a primogênita, de cujo que nome a outra denominação da cultura grega.



Fonte: http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-cafe-historia-vinho-e


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2 comentários:

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