O Pensador (francês: Le
Penseur) é uma das mais famosas esculturas de bronze do escultor francês Auguste
Rodin. Retrata um homem em meditação soberba,
lutando com uma poderosa força interna.
Originalmente chamado de O Poeta, a peça era parte de uma comissão do Museu de Arte Decorativa em Paris para criar
um portal monumental baseada na Divina
Comédia, de Dante Alighieri. Cada uma das estátuas na peça representava
um dos personagens principais do poema épico. O Pensador originalmente
procurava retratar Dante em frente dos Portões do Inferno, ponderando seu
grande poema. A escultura está nua porque Rodin queria uma figura heroica à la Michelangelo para
representar o pensamento assim como a poesia.
Rodin fez sua primeira versão por
volta de 1880.
A primeira estátua (O Pensador) em escala maior foi terminada em 1902, mas não foi
apresentada ao público até 1904. Tornou-se propriedade da cidade de Paris graças a
uma contribuição organizada pelos admiradores de Rodin e foi colocada em frente
do Panteão em 1906. Em 1922, contudo, foi
levada para o Hotel Biron, transformado no Musée
Rodin. Mais de vinte cópias da escultura estão em museus em volta do mundo. Algumas destas
cópias são versões ampliadas da obra original assim como as esculturas de
diferentes proporções.
O Instituto Ricardo Brennand na
cidade do Recife, Pernambuco,
possui uma versão ampliada da obra original, exposta em seu acervo particular,
na Galeria.
FRANCOIS-AUGUSTE-RENÉ RODIN
Foi registrado como
François-Auguste-René Rodin e as suas primeiras esculturas foram feitas na
cozinha de sua mãe, com massa que ela usava para fazer pão. Aos 15 anos, aquele
que seria um dos escultores mais geniais da história da arte, já tinha aulas
numa pequena academia. Em pouco tempo foi aceito na Escola de Artes
Decorativas, sob a orientação de Boisbaudran e de Barye. Ingressou depois na Academia de Belas-Artes, onde conheceu os
escultores Carpeaux e Dalou. Trabalhou
inicialmente como ornamentista, modelador, prático e cinzelador.
A exemplo do que tantas vezes
aconteceu com os grandes artistas, a primeira obra de Rodin, O Homem de
Nariz Quebrado(1864), não foi aceita no Salon de Paris. A justificativa do júri foi que a obra era um esboço, uma coisa
inacabada. Paradoxalmente, toda a criação do escultor se basearia no conceito
de "non finito". No ano de 1875, Rodin conheceu Meunier e realizou uma viagem à
Itália, de importância fundamental para sua futura estatuária. Lá se interessou
principalmente pela obra de Michelangelo, mais precisamente pela escultura O
Prisioneiro, que o mestre deixou inacabada, influência esta que o libertou do
academicismo. Na sua volta, o escultor visitou e estudou as catedrais góticas.
Em pouco tempo criou seu famoso São João Batista Pregando (1878).
Na contemplação de fragmentos de
esculturas clássicas, Rodin compreendeu até que ponto uma parte da obra era
capaz de representar o todo dela. Assim, começou fazendo obras cerceadas, por
assim dizer, algo que ninguém jamais havia tentado. Exemplo disso são O
Homem que Caminha e Torso. No entanto, esses fragmentos de obras não
eram produto de um capricho artístico. Na obra A Mão de Deus, há uma
ambivalência de significados: a mão divina é na realidade a de um escultor em
plena atividade. E foi exatamente o que Rodin tentou plasmar ao longo de toda a
sua obra: o momento da criação. É por esse motivo que ele pode ser considerado
um verdadeiro impressionista.
Sobre os Burgueses de Calais nos
jardins da torre de Victoria, Londres, não
foram permitidas sob a lei francesa mais de doze cópias desta obra após a morte
de Rodin . A cópia de Londres, comprada pelo governo britânico em 1911, é uma
delas. Rodin duplicava frequentemente as suas estátuas. No caso dos Burgueses
de Calais duas das cabeças do grupo escultórico são idênticas e um terceira
ligeiramente alterada. Algumas das mãos são também usadas duas vezes.
Suas obras mais célebres, O
Beijo, que faz parte de uma série de esculturas realizadas para a Porta do
Inferno, do Museu de Artes Decorativas, O Pensador,
da mesma série, e o retrato de Balzac confirmam
isso. Tem hoje um museu em Paris dedicado as suas obras e vida (o Musée
Rodin), situado no Hôtel Brion, ao lado do Hôtel des Invalides, túmulo de Napoleão.
Porta do Inferno - O Pensador de Aguste Rodin
Rodin teve como assistente a
escultora Camille Claudel, com quem teve um romance e cujos
trabalhos são muitas vezes confundidos com os de Rodin. Camille acreditava que
Rodin queria se apropriar dos seus trabalhos. À época, foi considerada insana e
terminou seus dias internada em um manicômio.
Rodin conquistou fama em vida, e
suas obras chegaram a ser as mais apreciadas no mercado de arte europeu e
americano. Hoje em dia encontram-se nos museus mais importantes do mundo.
Faleceu em 17 de novembro de 1917. Encontra-se sepultado no Musée Rodin, Meudon, Ilha de França, Paris na França..
Fontes
Google Imagens
Wikipédia - Enciclopédia livre
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