Há muitos anos, o vilarejo de Daggerhorn mantinha-se em paz. Com a
morte da irmã mais velha de Valerie (Amanda Seyfried), o local é tomado por
pânico. A coisa fica pior depois que o famoso caçador de lobisomens, o Padre
Solomon (Oldman), chega ao local, alertando a todos que a fera ganha forma
humana de dia, podendo ser qualquer um deles. O “drama” começa daí e nada é o
que parece ser nesta narrativa que recicla a boa e velha história de Chapeuzinho
vermelho, universalmente conhecida e contada através da cultura popular.
Sua irmã, que havia saído para se encontrar com o joven Henry, é
atacada pelo lobo. De casamento marcado com o amor da vida da sua irmã, Valerie
precisa lutar para conseguir se manter com Peter, o seu verdadeiro amor. Falar
mais estragaria as surpresas que a narrativa nos apresenta.
Seguindo a linha “garotas que amam demais e sacrificam a sua vida em
nome do homem alheio”, A Garota da Capa Vermelha fará as feministas
fervorosas se remexerem em seus devidos túmulos, tamanha a falta de
credibilidade da mulher diante desta trama, que dá um passo significativo para
trás no que tange ao papel da mulher nas mídias contemporâneas. Porém, cabe
salientar que é preciso estar atento ao fato de que a história se passa há
séculos atrás, e a produção buscou ambientar o enredo dentro dos parâmetros do
período narrado. Qualquer acusação de retrocesso e afins é papo de espectador
desatento.
Interessante é perceber que crescemos escutando versões suavizadas da
fábula de Chapeuzinho vermelho, que servia de alerta às jovens ingênuas para os
perigos que a vida oferecia. O filme retoma esta icônica história de medo, que
tem elementos universais como a capa, a floresta e o temor de lidar com o
inesperado: um lobo que consegue falar com a protagonista. Entre tantas
interpretações, duas delas cabem ser ressaltadas neste texto, que é o fato da
fábula representar o medo diante do desconhecido e a dúvida diante do fato de
que o mal representado pela figura do lobo pode ser alguém muito próximo a
você. Neste caso, o que fazer? Esse é o diferencial do filme, que aborda de
maneira inovadora a fábula universal da menina que sai pela floresta para levar
doces para a sua vovó. Na trama, por sinal, a vovó é apenas chamada por este
vocativo, não tendo o seu nome representado na personagem.
A direção de arte é bastante competente e a trama está muito acima do
esperado. A Garota da Capa Vermelha traz Leonardo Di Caprio como
um dos produtores executivos, numa trama guiada por Catherine Hardwicke,
responsável por assinar a direção de Crepúsculo e Aos Treze, e
que desta vez, comanda a brincadeira que traz os canônicos Gary Oldman (como
o padre Solomon), Virgina Madsen (como a mãe da personagem que
intitula o filme), Max Irons (do recente O Retrato de Dorian Gray)
entre outros.
Fontes:
Google Imagens
Me recomendaram esse blog e particularmente adorei, com certeza vou vista-lo mais vezes, estou seguindo aqui o meu http://girlwebswolf.blogspot.com.br/ espero que goste.
ResponderExcluirObrigado Danielle pela visita e pelo comentario. Volte sempre que quiser. Abraco. Andre
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