coração
Durante o 66º Congresso Brasileiro de Cardiologia, realizado Setembro de 2011, em Porto Alegre, foram apresentados dados que a carne vermelha dependendo como esta preparada não faz mal para o coração.
Segundo Kevin J. Croce, cardiologista da Universidade de Harvard, a carne processada tende a ser preparada com o corte menos saudável, enriquecida com sal (fator de risco para a hipertensão) e nitrito,( substância que adia o ranço da carne e estabiliza o sabor e a cor característica).
Isso sem contar na gordura presente em algumas carnes processadas, como linguiças, salames e bacons.
Uma equipe multidisciplinar conduzida por Iran Castro, pesquisador do assunto, acompanhou por seis meses 50 pacientes voluntários, divididos em grupos que comiam 150 gramas de carne bovina magra, sem gordura, obtida de bois alimentados com ração ou pasto. Todos pacientes ingeriam carne fresca (nunca a processada) e uma refeição com baixo teor de colesterol total.
Ao final do estudo, o pesquisador percebeu que, independente de qual era o alimento fornecido ao animal - ração ou pasto -, não houve alteração nos níveis de colesterol do voluntário.
O trabalho mostra que quando não há gordura fora ou no interior da carne, e ela é consumida nessa proporção específica, não há risco ao coração. Mas nem por isso a carne vermelha pode ser comparada à carne de peixe, por exemplo. Por um motivo básico: os estudos mostraram que a carne vermelha não faz mal, mas também não agrega benefícios ao coração. Ou seja, ela é neutra.
Já a carne de peixe, segundo estudos, teria um efeito protetor, por causa de substâncias como o ômega-3. É importante ainda que se prepare a carne vermelha de maneira adequada. A indicação dos especialistas é o grelhado, já que assim ela é feita sem gordura.
A maneira como o gado é criado pode interferir diretamente no teor de gordura final da carne. Quando o animal pasta, o peso da carcaça no abate é de, em média, 220 quilos. Nos animais alimentados com ração para uma engorda rápida e elevada, o peso da carcaça chega, em média, a 350 quilos. No primeiro grupo, a presença de gordura intramuscular é de cerca de 18% no segundo, de até 30%.
Essa gordura no meio das fibras do músculo, chamada marmoreio, é tão prejudicial quanto a gordura externa da carne e quase impossível de separar na hora do preparo. A carne sem marmoreio tem menos colesterol, porque não há gordura sendo consumida.
No Brasil 98% do gado solto no pasto e, assim, com menos chances de ter marmoreio.A carne vermelha, pura, sem gordura, tem apenas 1% a mais de gordura saturada do que a carne de frango sem a pele.
Fonte: Congresso Brasileiro de Cardiologia 21/Set/2011
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