segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Saber Cultural
domingo, 30 de janeiro de 2011
Tomar sol faz bem!
Com 15 minutos diários de exposição, você melhora a pele, o humor e as defesas.
Se você não vê a hora de aproveitar o verão, tomando sol, trate de começar a contagem regressiva. Esquentar a pele ao ar livre, com a devida proteção, é uma das maneiras mais simples e gostosas de manter a saúde.
"O sol traz benefícios para a pele, para o metabolismo e até para o humor", afirma a dermatologista Carla Albuquerque, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Isso não significa, no entanto, que você vai torrar embaixo dos raios ultravioletas. Deixando de se proteger, aumentam os riscos de câncer de pele, além do envelhecimento precoce.
A idéia é sentir o clima do verão, mas com responsabilidade. Passe protetor solar com FPS 15, pelo menos, mesmo que você prefira permanecer à sombra.
Os raios UVA ultrapassam as janelas e, portanto, podem atingir sua pele mesmo dentro de cada ou do carro. Também não se exponha no chamado período crítico, que é entre as 11h e as 15h.
Tomando esses cuidados, veja tudo o que você ganha ao deixar os raios quentes escorrerem pelo seu corpo, provocando um bronzeado saudável.
Pele mais saudável
Algumas doenças de pele, como psoríase e dermatite seborreica, podem ser melhoradas com exposição moderada e criteriosa ao sol, que melhora o processo inflamatório desse tipo de doença.
As gestantes também devem tomar 15 minutos diários de sol nos seios para torná-los mais fortes e preparados para a amamentação (a pele dos mamilos engrossa e eles ficam mais resistentes às abocanhadas do bebê).
Ossos fortes
Segundo a dermatologista, a exposição ao sol estimula a produção de vitamina D pelo organismo, essencial para a formação e manutenção dos ossos do nosso corpo. Isso acontece porque ela age facilitando a absorção do cálcio.
Disposição de sobra
Um dos efeitos do sol é manter as pessoas acordadas e dispostas para enfrentarem mais um dia fora da cama. Isso acontece porque os raios ultravioletas reduzem os níveis do hormônio do sono, chamado melatonina.
Combate à depressão
Estudos comprovam que os raios solares estimulam o bom humor, evitando depressão e suicídios, freqüentes em países de inverno rigoroso em que a presença de luz natural é restrita a poucas horas por dia.
O sol ajuda na liberação de serotonina, substancia que nos da uma sensação de bem-estar , afirma a endocrinologista Ana Paula Teni Ragonha, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e médica da Clínica Plástica e Beleza.
Poder imunológico
Os raios solares melhoram a circulação sangüínea, ajudando na eliminação de substancias nocivas ao organismo.
O sol também fortalece o sistema imunológico do organismo. Ele estimula a produção de glóbulos brancos, conhecidos por serem nossas células de defesa, afirma a endocrinologista.
Fontes: http://msn.minhavida.com.br/conteudo/3979-Tomar-sol-ajuda-desde-a-pele-ate-o-combate-a-depressao.htm
http://www.nutricionistacarol.com/2010_12_09_archive.html
http://www.abril.com.br/noticias/comportamento/cuidado-execesso-exposicao-sol-carnaval-422761.shtml
sábado, 29 de janeiro de 2011
Desejo
Desejo a você...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda pass ar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender uma nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel...
E muito carinho meu.
Carlos Drummond de Andrade
Sugestão de site e fonte:
http://fontanablog.blogspot.com/2009/01/bar-poesia-carlos-drummond-de-andrade.html
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Quem é o seu Amante?
"Muitas pessoas tem um amante e outras gostariam de ter um. Há também as que não tem, e as que tinham e perderam".
Geralmente, são essas últimas que vem ao meu consultório, para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro, dores etc.
Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre.
Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.
Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme: "Depressão", além da inevitável receita do anti-depressivo do momento.
Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que não precisam de nenhum anti-depressivo; digo-lhes que precisam de um AMANTE!!!
É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu conselho.
Há as que pensam:
"Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas"?!
Há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais.
Aquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico o seguinte:
"AMANTE" é aquilo que nos "apaixona", é o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono, é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.
O nosso "AMANTE" é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta.
É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.
Às vezes encontramos o nosso "AMANTE" em nosso parceiro, outras, em alguém que não é nosso parceiro, mas que nos desperta as maiores paixões e sensações incríveis.
Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto....
Enfim, é "alguém!" ou "algo" que nos faz "namorar a vida" e nos afasta do triste destino de "ir levando"!..
E o que é "ir levando"?
Ir levando é ter medo de viver.
É o vigiar a forma como os outros vivem, é o se deixar dominar pela pressão, perambular por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva.
Ir levando é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão, de que talvez possamos realizar algo amanhã*.
Por favor, não se contente com "ir levando"; procure um amante, seja também um amante e um protagonista ... DA SUA VIDA!
Acredite:
O trágico não é morrer,
afinal a morte tem boa memória,
e nunca se esqueceu de ninguém.
O trágico é desistir de viver...
Por isso, e sem mais delongas,
procure um amante ...
A psicologia após estudar muito sobre o tema,
descobriu algo transcendental:
"PARA ESTAR SATISFEITO, ATIVO E SENTIR-SE JOVEM E FELIZ,É PRECISO NAMORAR A VIDA!!!"
Jorge Bucay - Psicólogo
Fonte da imagem: http://thaynaadantas.tumblr.com/
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
As Crônicas de Narnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada
The Chronicles of Narnia: The Voyage of the Dawn Trader
(EUA, 2010) De Michael Apted. Com Georgie Henley, Skandar Keynes, Ben Barnes, Will Poulter e Tilda Swinton. Vozes de Simon Pegg e Liam Neeson.
A história narra as aventuras de Lúcia e Edmundo, juntamente com o primo Eustáquio e o agora rei Caspian, a bordo do navio Peregrino da Alvorada. Juntos têm a missão de saber o que aconteceu com os sete fidalgos que foram enviados para desbravar o oceano oriental por Miraz, tio de Caspian, conforme narrado em O Príncipe Caspian. Desta vez entram no mundo de Nárnia enquanto estavam passando as férias na casa do inconveniente primo Eustáquio, por um quadro que os pais de Eustáquio ganharam de presente de casamento, o qual estava pendurado no quarto onde Lúcia estava. Nesta viagem encontram inúmeras aventuras em diversas ilhas que encontram ao longo dos mares desconhecidos, habitadas por dragões, povos não muito amigáveis e criaturas estranhas como os Tontópodes. Eustáquio que inicia a viagem contra a sua vontade, acaba tendo sua vida transformada após ser vítima de um feitiço que o transformou em um dragão em uma das ilhas. Isso acaba transformando o caráter dele, tornando a pessoa chata que era em alguém pronto para ajudar.
Dessa vez, os irmãos Pevensie estão separados. Enquanto Susana e Pedro estão nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial. Lúcia e Edmundo ainda estão na Inglaterra, na casa de um tio, tendo que aguentar as chatices do primo Eustáquio. Mas, por alguma razão, os dois irmãos mais novos são convocados a Nárnia mais uma vez, agora a bordo do Peregrino da Alvorada, o navio do agora Rei Cáspian. Edmundo, Lúcia e, por tabela, Eustáquio, não fazem ideia do que foram fazer em Nárnia, até pousarem em uma das terras do reino dominada por saqueadores. Eles ficam sabendo que uma nova onda do mal, manifesta numa névoa, está ameaçando trazer a maldade de volta ao reino. Cabe então a Cáspian, Lúcia e Edmundo, reis de Nárnia, a combater esse mal junto com a tripulação leal do navio. Isso sem descansar um minuto das chatices do primo Estáquio.
A crítica: Os efeitos visuais dão um show, é verdade, mas essa terceira parte decepciona um pouco. Resumindo, é tudo muito jogado na tela num ato desesperado de salvar a trilogia que tinha sido considerada morta pela Disney. Uma Nárnia talvez mais "humana" e política é apresentada, em vez da magia de um mundo mágico que surgiu há alguns anos nas telas. Mesmo sendo o mais fraco dos três, "A Viagem do Peregrino da Alvorada" consegue divertir, apesar de tudo. Ver a última jornada dos Pevensie nas telas encerra um ciclo que marcou a geração do início do século XXI. Afinal, "As Crônicas de Nárnia" tiveram um enredo construído por um gênio (C.S. Lewis) e representado nas telas com maestria por grandes artistas dos efeitos visuais, copiados depois em diversas outras produções. Aslan, o leão, que o diga.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
XEROSTOMIA, você sabe o que é?
Na xerostomia, o paciente pode se queixar de sensação de secura na boca algumas vezes no decorrer do dia, sendo que a mucosa apresenta-se normal.
Em outros casos, há ausência completa de saliva. Se a deficiência de saliva for acentuada, pode haver alterações graves na mucosa e o paciente passa a sentir grande desconforto. A mucosa que reveste a cavidade bucal, apresenta-se seca e atrofiada, pode estar inflamada, pálida e translúcida.
A língua pode mostrar deficiência pela atrofia das papilas, inflamação, fissuração, rachaduras e até desnudação.
O indivíduo portador de xerostomia, apresenta sensibilidade, ardência, queimação e dor na mucosa da língua.
A xerostomia associada a uma reação emocional ao bloqueio de um ducto por cálculo salivar, ou à administração de várias drogas como a atropina e diferentes anti-histamínicos, não é considerada como patologia. Algumas pessoas usam essas drogas contra sinusite crônica, febre do feno e várias alergias podendo acarretar uma xerostomia à qual o paciente pode se acostumar.
A xerostomia crônica predispõe à cárie dentária aguda, complicações periodontais e perda subseqüente dos dentes, o paciente apresenta dificuldade para as dentaduras e incômodo com aparelhos protéticos devido à secura da boca.
A xerostomia tem uma grande relação com a halitose. A halitose observada com freqüência em pessoas idosas se deve geralmente à xerostomia, por sua vez derivada da hipertrofia senil das glândulas salivares.
Devido à xerostomia, a saliva se torna mais viscosa e há maior precipitação de material saburróide na língua e, freqüentemente, formação de saburra (placa esbranquiçada que se localiza no dorso da língua, causando o mau hálito).
Pode ocorrer a perda da função das glândulas salivares pela radiação dos raios-x, seja das glândulas, seja das estruturas adjacentes, é um fenômeno bem reconhecido.
Aplasia das glândulas salivares, ou seja, ausência do desenvolvimento das glândulas salivares, é também um agente causador da xerostomia.
A relação da xerostomia com um distúrbio endócrino foi observada muitas vezes, e com aparente predileção para a Síndrome de SJÖGREN ocorre em mulheres na menopausa. Aparece freqëntemente em mulheres com mais de 40 anos de idade, embora possa afetar crianças, adultos e jovens.
Existem várias outras causas de xerostomia, tais como ingestão inadequada de líquidos, respiração bucal crônica (adenóide), fumo excessivo, doenças de MIKULICZ, síndrome de HEERFORDT,doenças sistêmicas e metabólicas com febre alta e desidratação, distúrbios emocionais, uso excessivo de alimentos codimentados e finalmente pobre higiene bucal.
A perda de líquido pelo organismo, decorrente da hemorragia, sudorese excessiva, diarréia ou vômitos, pode acarretar redução de secreção salivar e xerostomia. A poliúria que acompanha o diabetes melito e o diabetes insípidus explica, provavelmente, a diminuição da secreção salivar e consequentemente sede nos portadores desta doença.
Efeito sobre os dentes
Os dentes irrompidos são afetados nos pacientes que receberam radiação pelos raios-x.
A manifestação mais comum da agressão é uma destruição peculiar da substância dentária, semelhante à cárie é chamada as vezes de "cárie de radiação", que pode causar a amputação(remoção) da coroa dentária ao nível do colo, os dentes parecem quebradiços e lasca de esmalte podem destacar-se dos dentes. A relação entre o radioterapeuta, o dentista e o paciente é essencial na promoção dos cuidados bucais para estes pacientes.
A xerostomia de intensidade variável, favorece o acúmulo de resíduos sobre os dentes e a cárie resultante.
Tratamento
Depende da natureza da doença, para a maioria dos pacientes só pode ser oferecido alívio sintomático. Procura-se encontrar a causa da baixa do fluxo salivar, deve ter-se uma higiene bucal rígida e um controle na dieta.
Na tentativa de conseguir a reativação da função secretora das glândulas salivares, é recomendado o uso de gomas de mascar e tabletes de fosfato de cálcio e em condições mais drásticas o tratamento químico com o aconselhamento e acompanhamento do cirurgião dentista, com sialogogos; o sialogogo detecta se a glândula tem condições de reabilitar-se por si só, caso não seja possível, a única saída é a reabilitação por saliva artificial.
Fontes: http://www.saudevidaonline.com.br
http://www.virtualmedicalcentre.com/symptoms.asp?sid=78&title=Xerostomia-(Dry-Mouth)
http://www.guiame.com.br/v4/31303-1702-Boca-seca-nem-pensar-.html
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Uma parábola para reflexaõ
Certa vez, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Ele acordou assustado e mandou chamar um sábio para que interpretasse o sonho.
- Que desgraça, Senhor! - exclamou o sábio - Cada dente caído representa a perda de um parente de Vossa Majestade!
- Mas que insolente - gritou o sultão - Como se atreve a dizer tal coisa?
Então, chamou os guardas e mandou que lhe dessem cem chicotadas. Mandou também que chamassem outro sábio para interpretar o mesmo sonho. O outro sábio disse:
- Senhor, uma grande felicidade vos está reservada! O sonho indica que ireis viver mais que todos os vossos parentes!
A fisionomia do sultão se iluminou, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao sábio.
Quando este saía do palácio, um cortesão perguntou ao sábio:
- Como é possível? A interpretação que você fez foi a mesma do seu colega. No entanto, ele levou chicotadas, e você, moedas de ouro!
- Lembre-se sempre - respondeu o sábio - tudo depende da maneira de dizer as coisas.
E esse é um dos grandes desafios da Humanidade. É daí que vem a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra.
A verdade deve ser dita sempre, não resta a menor dúvida, mas a forma como ela é dita é que faz a diferença.
(desconheço a autoria)
Fonte da imagem: http://josadaquemartins.blogspot.com
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
"Chiclete" na Odontologia?
A ideia de que chiclete é mania de criança está mais do que superada. Os adultos são tão fãs da goma de mascar quanto os pequenos. Fato é que a indústria alimentícia tem se dedicado a criar produtos cada vez mais cheios de requisitos que se encaixem nas demandas da gente grande, como chiclete sem açúcar e chiclete que promete clarear os dentes, mas sem deixar de lado as versões coloridas, recheadas e de formatos mais variados para a garotada. O chiclete sempre foi considerado o vilão da boca por provocar cáries e visto como guloseima que atrapalha a dieta. Mas será que ele não traz nenhum benefício para o regime e para a saúde bucal? A nutricionista do MinhaVida, Roberta Stella, e o dentista Sidnei Leonard Goldmann ajudam a esclarecer os mitos e verdades relacionados ao hábito.
Todo tipo de chiclete provoca cárie?
Mito. O açúcar presente no chiclete é o grande causador da cárie. Por isso, as versões diet e light podem ficar de fora dessa lista. Porém, alguns corantes e conservantes da composição das gomas podem ser feitos à base de amido e carboidrato, que vão se transformar em açúcar e também são nocivos aos dentes. "Opte por versões sem açúcar e incolores, que são as mais seguras", diz Goldmann. Outro ponto é que alguns chicletes, dependendo da sua composição, podem deixar o pH da boca muito ácido e provocar cáries.
O chiclete pode ser benéfico para a higiene bucal?
Verdade. A mecânica de mascar e o atrito da goma com os dentes provocam uma limpeza superficial dos dentes. Quanto mais espessa ela for, melhor será o resultado. "Mas o chiclete não substitui a escova e o fio dental e nem tem o poder de remover a placa bacteriana ou prevenir a formação dela", explica o dentista.
O chiclete alivia o mau hálito?
Verdade. Com a limpeza superficial que a goma proporciona, o hálito é favorecido já que há a renovação das células da boca. Mas é uma ação momentânea. E não serve para todo mundo. Quem sofre com problemas bucais, como periodontite, cáries ou uma restauração danificada, pode ficar com o mau cheiro acentuado com o uso do chiclete. Aliás, esse é o indício de que há um problema bucal.
Chiclete ajuda a clarearear os dentes?
A goma de mascar é indicada para certos tratamentos bucais?
Verdade. Em alguns casos, o chiclete é recomendado com ação de fisioterapia. Quando há inflamação dos músculos ou abertura limitada da boca (trismo muscular), o uso da goma é benéfico para minimizar o inchaço, fortalecer a musculatura bucal e recuperar os movimentos da mandíbula.
Fontes:
Site Uol - Ciência e Saúde
http://www.odontosites.com.br
http://dabocapradentro.blogtv.uol.com.br
sábado, 15 de janeiro de 2011
... Um dia...
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer ...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.
Mário Quintana
Um dia todos nós saberemos o real valor das coisas, ou não!
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Brasileiros ganham projeção internacional
O neurocientista Miguel Nicolelis pode receber um prêmio Nobel por seu trabalho sobre o mal de Parkinson. Outro brasileiro, o físico Daniel Vanzella, descobriu que a energia contida no vácuo é capaz de destruir estrelas. Gilberto Ribeiro desenvolve um resistor de memória capaz de mudar radicalmente o mercado de armazenagem de dados.
Ainda é raro encontrar cientistas e pesquisadores brasileiros como os da lista acima, que ocupam o topo da pirâmide acadêmica ou de inovação empresarial.
O reconhecimento recente do trabalho deles, no entanto, mostra que há uma percepção internacional positiva sobre o trabalho de profissionais brasileiros, o que pode se traduzir em ganhos para a ciência no país.
Nos próximos meses, hospitais brasileiros podem abrigar a próxima fase do trabalho de Miguel Nicolelis sobre o Mal de Parkinson. Pela primeira vez, o tratamento proposto pelo neurocientista será testado em seres humanos. Em avaliação, estão instituições médicas em São Paulo e nos Estados Unidos.
Atualmente, Nicolelis divide seu tempo entre o Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS) e o Centro de Neurociência da Universidade Duke, na Carolina do Norte (EUA). No ano passado, ele recebeu o prêmio NIH Director’s Transformative R01, que concede US$ 4,4 milhões para aplicação em pesquisa, e o Director’s Pioneer Award, de US$ 2,5 milhões. Os prêmios estão entre os mais cobiçados no meio científico e costumam indicar potenciais candidatos ao Nobel. Nicolelis foi o primeiro cientista a receber as duas premiações no mesmo ano.
Os recursos serão usados na pesquisa para a cura do mal de Parkinson, desenvolvida desde 2006. Nicolelis e sua equipe já haviam desenvolvido uma técnica para tratar a epilepsia, a partir de estímulos elétricos em regiões periféricas do sistema nervoso, quando perceberam que havia semelhanças no padrão de comportamento do cérebro dos portadores das duas doenças, conta o cientista.
Com a constatação, cobaias passaram a receber medicação para apresentar sintomas como os do mal de Parkinson. Depois, a equipe implantou uma prótese na medula espinhal das cobaias, que disparava estímulos elétricos. A paralisia muscular e os demais sintomas desapareceram.
Esse trabalho tem sido realizado tanto na Universidade de Duke como no IINN-ELS. “Já foram feitos testes com camundongos e primatas. Agora buscamos um parceiro clínico para fazer testes em pacientes”, afirma Nicolelis. “Em dois anos será possível ter uma resposta categórica sobre o tratamento”, diz.
Outra pesquisa surpreendente é comandada pelo físico Daniel Vanzella, professor do Instituto de Física Teórica da Unesp e do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP). Vanzella e o doutorando William Lima publicaram, em abril, um estudo sobre a “energia escura” na “Physical Review Letters”, a mais respeita revista de física do mundo.
O artigo teve uma grande repercussão. Embora pareça uma fantasia tirada da série de filmes “Star Wars”, a energia escura intriga o meio científico há muito tempo. Na física, existem duas grandes teorias sobre o universo: a da Relatividade Geral, que descreve a organização do universo em grande escala (estrelas, galáxias etc) e a Quântica de Campos, que focada na chamada pequena escala (ligações químicas, átomos etc). Físicos no mundo tentam, ainda sem êxito, unir as duas teorias. Vanzella e seu aluno se atiraram a esse trabalho com uma análise da “energia escura”. Essa força, que faz o universo se expandir de forma acelerada, exerce uma forte pressão negativa, que seria contrária à gravidade.
Os cientistas partiram do princípio de que o vácuo é preenchido por partículas virtuais, como prótons, elétrons e fótons, que surgem e desaparecem em uma fração de segundo. Imaginava-se que a flutuação dessas partículas, por ser muito rápida, não gerava efeitos nos materiais macroscópicos. Vanzella e Lima descobriram, porém, que sob algumas circunstâncias o crescimento da energia do vácuo pode ocorrer de maneira exponencial e descontrolada, podendo destruir até uma estrela de nêutrons (a matéria mais densa já encontrada no universo).
Vanzella iniciou a pesquisa na Universidade de Wisconsin, nos EUA, mas só chegou à essa conclusão em São Carlos. Agora, ele procura responder, em seu pós-doutorado, o que ocorre com uma estrela quando a energia do vácuo “desperta”. “Essas são questões conceituais sobre os fundamentos da física, mas que vão ajudar a trazer um melhor entendimento sobre a natureza”, afirma Vanzella.
Antes de Vanzella, outro apreciador do espaço ganhou renome. Em 2006, Marcos Pontes, tenente-coronel da Força Aérea Brasileira (FAB), hoje na reserva, participou de uma missão à Estação Espacial Internacional (ISS), com oito experimentos em microgravidade de universidades e institutos brasileiros. “No espaço, [nós, astronautas] somos as mãos e os olhos dos cientistas; executamos os experimentos”, diz Pontes. Atualmente em Houston, na sede da Nasa, ele aguarda nova convocação para missões espaciais. “Espero ansiosamente por essa escalação”, diz.
A produção científica no Brasil evoluiu de maneira contraditória no ano passado. O país ganhou uma posição no ranking SCImago de publicações científicas, elaborado pela SCImago Journal & Country Rank, subindo para a 14ª posição, com 34.145 publicações. O volume foi 12,4% maior que o registrado no ano anterior. O resultado, no entanto, ficou aquém da posição econômica do país – atualmente a oitava maior economia do mundo, com possibilidade de subir uma posição em 2011.
Ao mesmo tempo, o Brasil caiu 14 posições no ranking global de inovação tecnológica em 2010, passando a ocupar a 68ª colocação, de acordo com o Índice de Inovação Global, elaborado pela escola de administração Insead, em parceria com a Confederação da Indústria Indiana (CII).
Recursos financeiros escassos, déficit de mão de obra qualificada para algumas áreas da ciência e ausência de planos de carreira para pesquisadores nas universidades são alguns dos fatores que dificultam uma evolução mais célere da pesquisa científica brasileira, de acordo com os cientistas entrevistados pelo Valor.
Segundo dados preliminares do Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2010 os investimentos públicos e privados em pesquisa e desenvolvimento chegaram a R$ 44 bilhões, representando 1,25% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2009, os investimentos foram de R$ 51, 2 bilhões, o equivalente a 1,63% do PIB. Conforme o mais recente estudo comparativo de países divulgado pelo ministério, em 2008, o dispêndio em pequisa e desenvolvimento per capita no Brasil era de US$ 121,4 por habitante ao ano, ante U$ 1.307,60 nos Estados Unidos, US$ 1.168,50 no Japão, US$ 931,80 na Coreia, US$ 164,80 na Rússia e US$ 90,80 na China.
“A ciência ainda é um esporte de elite no Brasil”, afirma o neurocientista codiretor do Centro de Neuroengenharia da Duke University e diretor do Instituto Internacional de Neurociências de Natal, Miguel Nicolelis. Na avaliação do cientista, nos últimos anos houve uma recuperação dos investimentos nas universidades, mas ainda faltam estímulos à pesquisa. Ele observa que a maioria dos pesquisadores brasileiros trabalha nas universidades públicas, mas não consegue se dedicar em tempo integral à pesquisa. “São todos professores e têm de dedicar 360 horas por semestre à licenciatura. Esse modelo atual tem de ser repensado”, diz Nicolelis.
De acordo com dados do Ministério da Ciência e Tecnologia, 2,6% da população ocupada (240,5 mil pessoas) no Brasil atua na área de pesquisa e desenvolvimento. Mas, desse total, só 133,3 mil são pesquisadores de fato. Dentre os pesquisadores, 56,8% estão nas universidades lecionando; outros 37,3% trabalham com pesquisa aplicada no setor privado e 5,1% estão concentrados nos institutos de pesquisa do governo.
O professor do Instituto de Física Teórica da Unesp e do Instituto de Física de São Carlos da USP, Daniel Vanzella, afirma que a falta de um plano de carreira para dedicação exclusiva à pesquisa não é o único problema nas instituições públicas. “A compra de equipamentos e material para a realização de pesquisas é feita por licitação. E como boa parte do material é importado, as pesquisas normalmente sofrem atrasos”, observa Vanzella.
O astronauta Marcos Pontes afirma que a escassez de recursos financeiros, somada à falta de planos de carreira para pesquisadores e à pouca interação entre os setores público e privado fazem com que a pesquisa no país se desenvolva de maneira lenta. “Existe defasagem em áreas como nanotecnologia, materiais, dispositivos eletrônicos e microgravidade”, diz. Ele observa que o crescimento econômico tem atraído investimento estrangeiro para a pesquisa, mas diz que é necessário estruturar melhor o sistema educacional. (CB)
Recebi esse texto via e-mail e quero compartilhá-lo com vocês.
As pesquisas no país deveriam ser mais valorizadas pelo governo e pela iniciativa privada.
sábado, 8 de janeiro de 2011
Recordo Ainda
Recordo ainda... e nada mais me importa...
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...
Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...
Estrada afora após segui... Mas, aí,
Embora idade e senso eu aparente
Não vos iludais o velho que aqui vai:
Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai!...
Que envelheceu, um dia, de repente!...
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Sempre Ao Seu Lado - Um história real de lealdade
O longa é uma adaptação de uma história real, que aconteceu no Japão no início do século. Hachiko é o nome de um cachorro da raça akita que ficou famoso em todo o país depois que apareceu em reportagens de jornais que contavam sua história de lealdade ao seu dono, um professor da Universidade de Tóquio. Todos os dias Hachiko acompanhava seu amigo até a estação de trem e estava lá quando ele voltava para casa.
A história deste cachorro virou uma lenda no Japão e foi usada em escolas e casas para ensinar às crianças a importância lealdade entre amigos. Serviu também para despertar no país uma onda de criações de akitas, raça pura japonesa que estava cada vez menos popular. Há hoje na estação de Shibuya uma estátua de Hachiko, no lugar onde ele ficava esperando seu dono voltar.
Na versão estadunidense da história, Hachiko continua sendo um akita. Ele é achado quando ainda é um filhote em uma estação na periferia de Nova York pelo professor universitário Parker Wilson (Richard Gere), que o leva para casa. No início, sua esposa (Joan Allen) se recusa a adotar o novo morador, mas é tocada pela cativante relação entre os dois.
Um personagem que faz a ponte entre as duas versões explicando um pouco da mentalidade e crenças japonesas é o também é um professor universitário Ken (Cary-Hiroyuki Tagawa). Ele explica ao amigo que talvez não tenha sido ele quem achou Hachiko, mas sim que o cão o escolheu como seu dono. É ele também que explica que "hachi" é o numeral japonês para oito, um número especial, que simboliza a ligação entre os planos terrenos e espirituais.
A direção do sueco Lasse Hällstrom (Regras da Vida, Chocolate, O Vigarista do Ano) carrega no drama, incorporando elementos tipicamente ocidentais que certamente não estiveram na versão japonesa do filme, Hachiko Monogatari, sucesso de 1987. É o caso da brincadeira de pegar a bolinha, que Ken explica ser algo completamente sem sentido para Hachi. "Cachorros japoneses não pegam a bolinha apenas para agradar seu dono ou ganhar um biscoito", explica Ken em um prenúncio para uma das cenas mais emocionantes do filme. Nessa hora, pode deixar o jeito machão de lado e pegar aquele lenço de papel que estava no bolso desde Marley e Eu. Acredite, você vai precisar. E se ao acender das luzes vierem te perguntar alguma coisa, despiste dizendo que você é alérgico a cachorros.
Essa é a minha sugestão de filme para o fim de semana. É um drama baseado em história real e muito emocionante. Quem gosta de cães vai gostar ainda mais, quem não gosta de cães vai passar a olhá-los com outros olhos, de admiração.
Vale a pena assistir, há um na locadora mais perto de você!
Fonte: http://www.omelete.com.br/cinema/critica-sempre-ao-seu-lado/
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Caminhada pode ajudar a reduzir desejo de fumar e comer
The New York Times
Se sua promessa de ano novo é eliminar um mau hábito ou reduzir a quantidade de alimentos e perder alguns quilinhos, um truque simples, porém negligenciado, pode ajudar: caminhar. Quanto às estratégias de perda de peso, esta não é a mais glamourosa, mas estudos descobriram que uma caminhada acelerada ao redor do quarteirão pode aliviar significativamente os 'desejos', seja por junk food ou de acender um cigarro.
Num estudo de 2008, pesquisadores recrutaram um grupo de pessoas que comiam chocolate regularmente - indivíduos que comiam pelo menos duas barras de chocolate por dia - e os fizeram passar por um período de três dias de abstinência. Então os pesquisadores dividiram os participantes em grupos, colocando-os para trabalhar em testes cognitivos difíceis para aumentar o nível de stress e tentando-os com barras de chocolate já sem embalagem.
Os pesquisadores descobriram que, se os participantes caminhavam por 15 minutos numa esteira, a um ritmo acelerado, mas sem ser cansativo, eles tinham muito menos probabilidade de sofrer de 'desejos' e até apresentavam menor pressão arterial quando manuseavam barras de chocolate.
Em outros estudos, os cientistas observaram os efeitos de caminhadas rápidas sobre o desejo de fumar. Um estudo de 2005 mostrou que os fumantes que eram instruídos a se absterem do cigarro por um dia tiveram rápidas reduções na vontade urgente de fumar quando faziam caminhadas "de baixa intensidade, em seu próprio ritmo" por pelo menos 15 minutos.
Outro estudo, de 2007, mostrou que caminhadas rápidas não apenas reduzem a vontade de fumar, mas também os sintomas de abstinência, além de aumentarem o tempo entre um cigarro e outro.
Conclusão: Estudos mostram que uma caminhada acelerada pode aliviar o desejo de fumar e ajudar a combater um mau hábito.
Fonte da imagem: http://rogeraugusto.com/page/3/
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
O tempo passou e eu me formei em solidão
Ninguém avisava nada, o costume era chegar de pára-quedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um.
– Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre.
E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia.
– Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!
A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e minha mãe de papo com a comadre. Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro... Casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.
Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha – geralmente uma das filhas.
– e dizia:
– Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa.
Tratava-se de uma metonímia gastronômica. O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite... Tudo sobre a mesa.
Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também.
Pra quê televisão? Pra quê rua? Pra quê droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança... Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam.... Era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade...
Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa... A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, também ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos... Até que sumissem no horizonte da noite.
O tempo passou e me formei em solidão. Tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail... Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa:
– Vamos marcar uma saída!... – ninguém quer entrar mais.
Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.
Casas trancadas.. Pra quê abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos, do leite...
Que saudade do compadre e da comadre!
José Antônio Oliveira de Resende
Professor de Prática de Ensino de Língua Portuguesa, do Departamento de Letras, Artes e Cultura, da Universidade Federal de São João del-Rei.
Fonte da imagem: http://borgeseleuterio.blogspot.com/2010/06/solidao-amiga.html
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
"Eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro" - Texto para Reflexão
Sylvio Guedes, editor-chefe do Jornal de Brasília, critica o "cinismo” dos jornalistas, artistas e intelectuais ao defenderem o fim do poder paralelo dos chefes do tráfico de drogas. Guedes desafia a todos que "tanto se drogaram nas últimas décadas que venham a público assumir: eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro".
Leia o artigo na íntegra:
É irônico que a classe artística e a categoria dos jornalistas estejam agora na, por assim dizer, vanguarda da atual campanha contra a violência enfrentada pelo Rio de Janeiro. Essa postura é produto do absoluto cinismo de muitas das pessoas e instituições que vemos participando de atos, fazendo declarações e defendendo o fim do poder paralelo dos chefões do tráfico de drogas.
Quando a cocaína começou a se infiltrar de fato no Rio de Janeiro, lá pelo fim da década de 70, entrou pela porta da frente. Pela classe média, pelas festinhas de embalo da Zona Sul, pelas danceterias, pelos barzinhos de Ipanema e Leblon. Invadiu e se instalou nas redações de jornais e nas emissoras de TV, sob o silêncio comprometedor de suas chefias e diretorias.
Quanto mais glamuroso o ambiente, quanto mais supostamente intelectualizado o grupo, mais você podia encontrar gente cheirando carreiras e carreiras do pó branco.
Em uma espúria relação de cumplicidade, imprensa e classe artística (que tanto se orgulham de serem, ambas, formadoras de opinião) de fato contribuíram enormemente para que o consumo das drogas, em especial da cocaína, se disseminasse no seio da sociedade carioca - e brasileira, por extensão.
Achavam o máximo; era, como se costumava dizer, um barato. Festa sem cocaína era festa careta.
As pessoas curtiam a comodidade proporcionada pelos fornecedores: entregavam a droga em casa, sem a necessidade de inconvenientes viagens ao decaído mundo dos morros, vizinhos aos edifícios ricos do asfalto.
Nem é preciso detalhar como essa simples relação econômica de mercado terminou. Onde há demanda, deve haver a necessária oferta. E assim, com tanta gente endinheirada disposta a cheirar ou injetar sua dose diária de cocaína, os pés-de-chinelo das favelas viraram barões das drogas.
Há farta literatura mostrando como as conexões dos meliantes rastacuera, que só fumavam um baseado aqui e acolá, se tornaram senhores de um império, tomaram de assalto a mais linda cidade do país e agora cortam cabeças de quem ousa lhes cruzar o caminho e as exibem em bandejas, certos da impunidade.
Qualquer mentecapto sabe que não pode persistir um sistema jurídico em que é proibida e reprimida a produção e venda da droga, porém seu consumo é, digamos assim, tolerado.
São doentes os que consomem. Não sabem o que fazem. Não têm controle sobre seus atos. Destroem famílias, arrasam lares, destroçam futuros.
Sabemos que muitos já partiram desta para uma melhor, outros caminham para o fundo do poço mas esperamos que a mídia, os artistas e os intelectuais que tanto se drogaram nas três últimas décadas venham a público assumir:
"Eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro."
Façam um adesivo e preguem no vidro de seus Audis, BMWs e Mercedes.
E você concorda?
Começar de Novo
Começar de novo
(Ivan Lins e Victor Martins)
Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Ter me rebelado, ter me debatido
Ter me machucado, ter sobrevivido
Ter virado a mesa, ter me conhecido
Ter virado o barco, ter me socorrido
Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Sem as suas garras sempre tão seguras
Sem o teu fantasma, sem tua moldura
Sem suas escoras, sem o teu domínio
Sem tuas esporas, sem o teu fascínio
Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena já ter te esquecido
Começar de novo...
Participação de Simone.